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sexta-feira, 8 de maio de 2015
sábado, 2 de maio de 2015
Sincretismo Religioso e sua Origem no Brasil
A partir do
século XV inicia-se uma das maiores migrações forçadas da história da
humanidade, na qual milhões de africanos que haviam sido capturados em seus
territórios ancestrais, na maioria das vezes por outros africanos de tribos
rivais, foram levados para o litoral e vendidos como escravos para os europeus
e brasileiros em portos específicos na África e trazidos nessas condições para
o Brasil.
Durante
o final do século XVI e final do século XVIII, a principal etnia trazida para o
Brasil foi a dos Bantos, povo que durante o período colonial brasileiro ocupava
a maior parte do continente africano situado ao sul do equador, na região onde
hoje está localizado o Congo, a República Democrática do
Congo, Angola, Moçambique entre outros. Parece que a grande maioria dos
Bantos que foram trazidos para o Brasil cultuava um deus supremo chamado de
Nzambi, Nzambi Mpungu ou Anganga Nzambi, ou simplesmente Zambi como é conhecido
hoje, e a natureza deificada que era personificada nas divindades chamadas
Nkises.
Assim
que chegavam ao Brasil, os africanos escravizados eram logo submetidos a
aculturação portuguesa, traduzida principalmente na catequese católica: eram
batizados e recebiam um nome “cristão”, pelo qual seriam conhecidos a partir
daquele momento.
Assim
como os tupis, os bantos também tentando preservar suas tradições religiosas no
Brasil, adaptaram suas crenças às condições de escravidão que estavam
submetidos. A principal forma encontrada por eles, como foi feito também pelos
tupis décadas antes, foi associar os santos católicos aos seus deuses, no caso
aqui os Nkises, de acordo com as características ou arquétipos que ambos
possuíam em comum. Foi a partir deste sincretismo, ocorrido no interior das
senzalas a partir do final do século XVI, que nasceu a primeira manifestação
sincrética da religiosidade banto/católica no Brasil: o CALUNDU. Seu nome foi
originado da palavra banto Kilundu, que até o século XVIII foi
utilizada para designar genericamente a manifestação de práticas africanas
relacionadas a danças e cantos coletivos, acompanhadas por instrumentos de
percussão, nas quais ocorria a invocação e incorporação de espíritos e a
adivinhação e curas por meio de rituais de magia.
O que nos chama a atenção são os relatos da aparente
tolerância manifestada pelos proprietários de escravos ao Calundu. Muito
provavelmente essa atitude devia-se a crença de que com essa prática os
africanos manteriam vivas, pelo menos dentro da senzala, as rivalidades tribais
existentes na África, o que dificultaria a formação de rebeliões ou fugas. É
importante ressaltar que, apesar dessa tolerância, os aspectos ritualísticos do
Calundu ligados a magia e a incorporação de espíritos eram frequentemente
combatidos por serem considerados coisas malignas, surgindo daí a expressão
magia negra para designar a magia voltada para o mal, que na mentalidade da
época era “coisa de negro”.
Ao longo de todo o período de escravidão negra no Brasil,
inúmeras foram as tentativas bem sucedidas de fugas das senzalas empreendidas
pelos africanos. Os relatos dos inúmeros quilombos existentes no país ao
longo dos períodos coloniais e imperiais são a prova mais marcante disso.
Entretanto, no início, antes do surgimento dos primeiros quilombos, os
africanos que conseguiam sucesso em suas fugas só conseguiam abrigo nas aldeias
indígenas do interior. Mais do que abrigar os primeiros africanos bantos
fugidos das senzalas, as aldeias indígenas abrigariam toda a cultura e
religiosidade deles, que acabaria por influenciar sua própria cultura e
religiosidade. Muito provavelmente no nordeste do século XVII, onde uma pequena
parcela de religiosidade dos bantos acabou se misturando ao sincretismo
ameríndio-católico do interior, levando ao surgimento da primeira religião
sincrética brasileira, o CATIMBÓ, surgida da fusão religiosa dos três povos
formadores do país, também conhecido como CULTO À JUREMA, resistente até os
dias de hoje em todo o nordeste brasileiro.
Apesar de existirem a incorporação de Caboclos no Catimbó,
seu culto baseia-se principais nas entidades conhecidas como Mestres da Jurema
ou apenas Mestres, e é através deles que se realiza o principal trabalho das
entidades do Catimbó, a cura de doenças e a receita de remédios para os males
físicos, podendo também ocorrer trabalhos para solucionar alguns problemas
materiais e amorosos. Cabe também aos Mestres e aos Caboclos realizar a limpeza
espiritual dos adeptos e a expulsar maus espíritos das pessoas.
Os Mestres são entidades que se especializam em determinada
erva ou raiz e que guardam muito do comportamento e personalidade de sua
última encarnação, o que os torna muito naturais e espontâneos, além de
possuírem uma forte ligação com a sua caracterização física. Uma característica
que chama a atenção é que não existem Mestres do bem ou do mal: eles tanto
podem trabalhar para um quanto para o outro, dependendo da orientação do
local de culto e do médium.
Ao longo dos séculos XVII e XVIII cresce consideravelmente o
número de cidades em todo o país, devido a esse fato, surge uma situação
completamente nova em todo o território colonial: o aumento do número de negros
e mulatos alforriados, livres, e de escravos circulando com relativa liberdade
nessas áreas urbanas. A partir das residências desses negros e mulatos livres,
localizadas em sua grande maioria em casebres e cortiços, que as manifestações
religiosas de origem africana encontraram condições mínimas para se
desenvolverem, onde poderiam realizar suas festas com certa freqüência,
construírem e preservarem seus altares com os recipientes consagrados aos seus
deuses.
São nessas residências que surgem, em fins do século XVIII e
início do século XIX, uma nova manifestação sincrética brasileira, que
ficou conhecida na Bahia como CASAS DE CANDOMBLÉ. O Candomblé surge então com
base no fortalecimento das tradições religiosas dos bantos preservadas no
sincretismo com o Calundu e a assimilação de algumas poucas práticas indígenas
que sobreviviam nos quilombos e nas aldeias indígenas dos arredores deles.
Pelo fato de servirem como moradia e também como locais de
culto, as Casas de Candomblé se estruturavam com base em famílias-de-santo, que
estabelecia entre seus adeptos uma espécie de parentesco religioso,
característica que foi um importante legado a outras religiões sincréticas que
se originaram a partir dele.
Durante
o final do século XVI e final do século XVIII, a principal etnia trazida para o
Brasil foi a dos Bantos, povo que durante o período colonial brasileiro ocupava
a maior parte do continente africano situado ao sul do equador, na região onde
hoje está localizado o Congo, a República Democrática do
Congo, Angola, Moçambique entre outros. Parece que a grande maioria dos
Bantos que foram trazidos para o Brasil cultuava um deus supremo chamado de
Nzambi, Nzambi Mpungu ou Anganga Nzambi, ou simplesmente Zambi como é conhecido
hoje, e a natureza deificada que era personificada nas divindades chamadas
Nkises.
Assim
que chegavam ao Brasil, os africanos escravizados eram logo submetidos a
aculturação portuguesa, traduzida principalmente na catequese católica: eram
batizados e recebiam um nome “cristão”, pelo qual seriam conhecidos a partir
daquele momento.
Assim
como os tupis, os bantos também tentando preservar suas tradições religiosas no
Brasil, adaptaram suas crenças às condições de escravidão que estavam
submetidos. A principal forma encontrada por eles, como foi feito também pelos
tupis décadas antes, foi associar os santos católicos aos seus deuses, no caso
aqui os Nkises, de acordo com as características ou arquétipos que ambos
possuíam em comum. Foi a partir deste sincretismo, ocorrido no interior das
senzalas a partir do final do século XVI, que nasceu a primeira manifestação
sincrética da religiosidade banto/católica no Brasil: o CALUNDU. Seu nome foi
originado da palavra banto Kilundu, que até o século XVIII foi
utilizada para designar genericamente a manifestação de práticas africanas
relacionadas a danças e cantos coletivos, acompanhadas por instrumentos de
percussão, nas quais ocorria a invocação e incorporação de espíritos e a
adivinhação e curas por meio de rituais de magia.
O que nos chama a atenção são os relatos da aparente
tolerância manifestada pelos proprietários de escravos ao Calundu. Muito
provavelmente essa atitude devia-se a crença de que com essa prática os
africanos manteriam vivas, pelo menos dentro da senzala, as rivalidades tribais
existentes na África, o que dificultaria a formação de rebeliões ou fugas. É
importante ressaltar que, apesar dessa tolerância, os aspectos ritualísticos do
Calundu ligados a magia e a incorporação de espíritos eram frequentemente
combatidos por serem considerados coisas malignas, surgindo daí a expressão
magia negra para designar a magia voltada para o mal, que na mentalidade da
época era “coisa de negro”.
Ao longo de todo o período de escravidão negra no Brasil,
inúmeras foram as tentativas bem sucedidas de fugas das senzalas empreendidas
pelos africanos. Os relatos dos inúmeros quilombos existentes no país ao
longo dos períodos coloniais e imperiais são a prova mais marcante disso.
Entretanto, no início, antes do surgimento dos primeiros quilombos, os
africanos que conseguiam sucesso em suas fugas só conseguiam abrigo nas aldeias
indígenas do interior. Mais do que abrigar os primeiros africanos bantos
fugidos das senzalas, as aldeias indígenas abrigariam toda a cultura e
religiosidade deles, que acabaria por influenciar sua própria cultura e
religiosidade. Muito provavelmente no nordeste do século XVII, onde uma pequena
parcela de religiosidade dos bantos acabou se misturando ao sincretismo
ameríndio-católico do interior, levando ao surgimento da primeira religião
sincrética brasileira, o CATIMBÓ, surgida da fusão religiosa dos três povos
formadores do país, também conhecido como CULTO À JUREMA, resistente até os
dias de hoje em todo o nordeste brasileiro.
Apesar de existirem a incorporação de Caboclos no Catimbó,
seu culto baseia-se principais nas entidades conhecidas como Mestres da Jurema
ou apenas Mestres, e é através deles que se realiza o principal trabalho das
entidades do Catimbó, a cura de doenças e a receita de remédios para os males
físicos, podendo também ocorrer trabalhos para solucionar alguns problemas
materiais e amorosos. Cabe também aos Mestres e aos Caboclos realizar a limpeza
espiritual dos adeptos e a expulsar maus espíritos das pessoas.
Os Mestres são entidades que se especializam em determinada
erva ou raiz e que guardam muito do comportamento e personalidade de sua
última encarnação, o que os torna muito naturais e espontâneos, além de
possuírem uma forte ligação com a sua caracterização física. Uma característica
que chama a atenção é que não existem Mestres do bem ou do mal: eles tanto
podem trabalhar para um quanto para o outro, dependendo da orientação do
local de culto e do médium.
Ao longo dos séculos XVII e XVIII cresce consideravelmente o
número de cidades em todo o país, devido a esse fato, surge uma situação
completamente nova em todo o território colonial: o aumento do número de negros
e mulatos alforriados, livres, e de escravos circulando com relativa liberdade
nessas áreas urbanas. A partir das residências desses negros e mulatos livres,
localizadas em sua grande maioria em casebres e cortiços, que as manifestações
religiosas de origem africana encontraram condições mínimas para se
desenvolverem, onde poderiam realizar suas festas com certa freqüência,
construírem e preservarem seus altares com os recipientes consagrados aos seus
deuses.
São nessas residências que surgem, em fins do século XVIII e
início do século XIX, uma nova manifestação sincrética brasileira, que
ficou conhecida na Bahia como CASAS DE CANDOMBLÉ. O Candomblé surge então com
base no fortalecimento das tradições religiosas dos bantos preservadas no
sincretismo com o Calundu e a assimilação de algumas poucas práticas indígenas
que sobreviviam nos quilombos e nas aldeias indígenas dos arredores deles.
Pelo fato de servirem como moradia e também como locais de
culto, as Casas de Candomblé se estruturavam com base em famílias-de-santo, que
estabelecia entre seus adeptos uma espécie de parentesco religioso,
característica que foi um importante legado a outras religiões sincréticas que
se originaram a partir dele.
sexta-feira, 1 de maio de 2015
Quem Foi Pai Benedito das Almas?
É Pai Benedito
das Almas, preto velho mirongueiro!
Existe 7 linhas das Almas para esse preto velho...
Ele foi filho de uma escrava com um branco (um feitor), não era nem negro e nem branco (o que o fazia sofrer discriminação por ambas as partes) e nem tão velho por isso ele anda pouco curvado ,até porque sua linhagem de trabalho é a quimbanda, magia pesada.
Ele cresceu sofrendo muito porque tinha preconceito do branco e dos seus irmãos negros, foi um escravo reprodutor por ser muito forte. Logo depois de alguns acontecimentos como a morte de um feitor foi levado ao tronco e colocado para trabalhar na lavoura, sendo q quando foi à senzala logo adquiriu muito respeito dos seus irmãos, pois começou a curar e ajudar em fugas porque desde pequeno era amante das magias as quais aprendeu com um velho chamado Pai Barnabé que o ensinou desde pequenino a magia como também a luta dos negros (a capoeira).
Desencarnou mais ou menos aos 80 anos de idade, depois de enfrentar o senhor e seus feitores; demorou 45 dias para morrer: sem comer ou beber nada, o senhor da fazenda ficou receoso pelo fato dele não morrer de fome ou sede.
A sua raiva pelo branco o levou na espiritualidade a chefiar grandes falanges de escravos para se vingar do branco..sendo q foi arrebanhado por Barnabé ao trabalho de umbanda e logo percebeu q sem caridade não há salvação e também adquiriu grande respeito, onde ainda vai em umbrais e lugares muito pesados ajudando os espíritos perdidos e guiando a lugares melhores.
É um preto velho de muito conhecimento e poder dado por Deus e por seus conhecimentos antigos e curadores... é um rascunho da grande história q esse velho tem e conta para seus filhos de fé que são muitos.
Marcadores:
Pai Benedito das Almas,
Preto Velho
Local:Brasil
Cuiabá - MT, Brasil
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