Lenda de Oxumaré
Oxumaré é o Orixá que rege sobre a sexualidade e seu campo preferencial
de atuação é o da renovação dos seres, em todos os aspectos.
Oxumaré é um dos orixás mais conhecidos, e no entanto é o mais
desconhecido dos orixás dentro da Umbanda, pois os médiuns só cultuam a orixá
Oxum, que na linha do Amor ou da Concepção forma com ele a segunda linha de
Umbanda.
O aspecto positivo de
Oxumaré, que nos chega através das lendas dos orixás, é que ele simboliza a
renovação. Isto é verdadeiro. E o aspecto mais negativo é que ele é andrógino,
ou parte macho e parte fêmea. Mas isto não é verdade.
É inadmissível que uma divindade planetária tenha essas qualidades
bissexuais, que só acontecem em seres com disfunções genéticas que provocam má
formação, ou dupla formação dos órgãos sexuais, e em seres com desequilíbrios
emocionais ou conscienciais que fazem com que, psiquicamente, eles troquem seus
sinais mentais e invertam sua sexualidade.
Portanto, não tem
sustentação alguns médiuns, com seus sinais sexuais trocados, alegarem que são
homossexuais porque são filhos de Oxumaré e que ele é um orixá que por seis
meses é macho e por seis meses é fêmea.
Seres humanos com má-formações emocionais, mentais, genéticas ou
conscienciais, no afã de se justificarem, passam às divindades suas
vicissitudes humanas e não atentam para um detalhe fundamental: com seus
desequilíbrios, estão desfigurando divindades planetárias que existem no mundo
desde que Deus o criou, que são imutáveis em sua natureza, seja ela masculina
ou feminina, e que regem alguns sentidos dos seres humanos, mas também regem
outras dimensões planetárias paralelas à dimensão humana da vida.
Logo, desumanizaram uma divindade que humanizou algumas de suas
qualidades, atributos e atribuições somente para acelerar nossa evolução e nos
conduzir pelo caminho reto.
Bastará um pouco de bom senso para detectar, nesta caracterização
negativa de Oxumaré, uma justificativa de seres com desequilíbrios emocionais,
mentais, conscienciais ou genéticos, já que uma divindade é de natureza
positiva ou negativa, ativa ou passiva e masculina ou feminina, mas nunca
possui as duas em si mesma.
Logo, que cultue um Oxumaré andrógino aquele que é desprovido do bom
senso, certo?
“Quem não souber valorizar a religiosidade que o libertará da terra,
então que pague caro pela religiosidade que o aprisionará num diletantismo
materialista!”
Saibam que é isto que tem feito, e muito bem, este nosso irmão cósmico
encarnado que, após ser afastado da Umbanda, criou todo um culto cuja doutrina,
ao invés de pregar os valores maiores de Jesus Cristo, tem pregado,
religiosamente, os seus próprios valores da “mais valia”. E também tem cobrado
de seus fiéis seguidores o justo preço que ele estipulou: tudo o que puder
tirar deles para usar em seu próprio benefício, ou de sua “igreja”. Que pague
para cultuar Deus quem não aprendeu a amá-Lo e adorá-Lo de graça! Certo?
Oxumaré, tal como revela a lenda dos orixás , é a renovação contínua,
mas em todos os aspectos e em todos os sentidos da vida de um ser. Sua
identificação com Dá, a Serpente do Arco-íris, não aconteceu por acaso, pois
Oxumaré irradia as sete cores que caracterizam as sete irradiações divinas que
dão origem às Sete Linhas de Umbanda. E ele atua nas sete irradiações como
elemento renovador.
Oxumaré é a renovação
do Amor na vida das pessoas. E onde o amor cedeu lugar à paixão, ou foi
substituído pelo ciúme, então cessa a irradiação de Oxum e inicia-se a dele,
que é diluidora tanto da paixão como do ciúme. Ele dilui a religiosidade já
estabelecida na mente de um ser e o conduz, emocionalmente, a outra religião,
cuja doutrina o auxiliará a evoluir no caminho reto. Ou não é comum os
testemunhos dados pelos neo-convictos no púlpito dos pastores mercantilistas,
que dizem quase todos isto: “-Irmãos, quando eu
freqüentava a Umbanda, eu fornicava, traía minha esposa e irmãos, gastava meu
ordenado no jogo e nas bebidas, mentia, mas desde que me converti e me
entreguei a Jesus, tudo em minha vida mudou. Hoje vivo para minha esposa e
filhos, e para Jesus!”.
Sem dúvida,
concordamos nós. Mas... porque o mesmo irmão não ouviu os conselhos recebidos
nos centros de Umbanda, que, se seguidos corretamente, o teriam conduzido pelo
caminho reto?
Não, ele não só não
deu ouvidos às orientações dos guias e dos pais e mães espirituais, como deu
vazão ao seu emocional e deu início ao mau uso do que aprendia dentro de uma
religião magística por excelência, quando solicitava aos Exús que fechassem os
caminhos de seus desafetos em todos os campos da vida, além de pedir outras
coisas, tais como: mulher, dinheiro, posses, etc.
E ele não diz que
nasceu numa família católica e cristã, mas porque era um relapso para as coisas
da fé, foi até a Umbanda para ver se nela se emendava.
Como não conseguiu,
logo acabou retomando ao reformatório religioso de Jesus Cristo. Pois é isto o
que são as igrejas evangélicas: reformatórios religiosos onde nosso amado
mestre Jesus recolhe os que nasceram sob sua irradiação luminosa mas não
souberam captá-la da forma passiva como ela é passada pela Igreja Católica.
Ele, que é bondade, amor e misericórdia, os conduz às divindades naturais (que
são os orixás), os conduz ao espiritismo e a muitas outras doutrinas para ver
se encontram uma onde suas naturezas ativas absorvam irradiações luminosas.
Mas, quando vê que eles não se adaptam em nenhuma delas, ativa seu pólo
cósmico, e um de seus aspectos negativos logo os arrasta para um de seus
reformatórios religiosos, para que eles voltem a trilhar o caminho reto. E se o
aspecto negativo ativado não conseguir reconduzi-los ainda na carne, não
desistirá, mesmo depois de desencarnar.
Renovação, eis a
palavra chave que bem define o divino Oxumaré que, em seu aspecto negativo, tem
um mistério escuro chamado por nós de “Sete Cobras” ou “Sete Caminhos
Tortuosos”, que é por onde transitam todos os seres que saíram do caminho reto
e entraram nos desvios da vida, que sempre conduzem aos caminhos da morte.
Bem, já falamos sobre
vários aspectos do nosso pai Oxumaré e de nossa amada mãe Oxum, que formam um
par energético, magnético, vibratório que dá formação à segunda linha de Umbanda,
que é a linha do Amor ou da Concepção. Como dissemos, se nos estendêssemos
daria um volumoso livro.
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