Esta linha de trabalhos espirituais já é muito antiga dentro da Umbanda,
e “carregam as falanges ciganas juntamente com as falanges orientais uma
importância muito elevada, sendo cultuada por todo um seguimento espírita que
se explica por suas próprias razões, elegendo a prioridade de trabalho dentro
da ordem natural das coisas em suas próprias tendências e especialidades.
Assim, numerosas correntes ciganas estão a serviço do mundo imaterial e
carregam como seus sustentadores e dirigentes aqueles espíritos mais evoluídos
e antigos dentro da ordem de aprendizado, confundindo-se muitas vezes pela
repetição dos nomes comuns apresentados para melhor reconhecimento, preservando
os costumes como forma de trabalho e respeito, facilitando a possibilidade de
ampliar suas correntes com seus companheiros desencarnados e que buscam no
universo astral seu paradeiro, como ocorre com todas as outras correntes do
espaço.
O povo cigano designado ao encarne na Terra, através dos tempos e de
todo o trabalho desenvolvido até então, conseguiu conquistar um lugar de
razoável importância dentro deste contexto espiritual, tendo muitos deles
alçado a graça de seguirem para outros espaços de maior evolução espiritual,
juntamente com outros grupos de espíritos, também de longa data de
reencarnações repetidas na Terra e de grande contribuição, caridade e
aprendizado no plano imaterial.
A argumentação de que espíritos ciganos não deveriam falar por não
ciganos ou por médiuns não ciganos e que se assim o fizessem deveriam fazê-lo
no idioma próprio de seu povo, é totalmente descabida e está em desarranjo
total com os ensinamentos da espiritualidade sua doutrina evangélica, até as
impossíveis limitações que se pretende implantar com essa afirmação na evolução
do espírito humano e na lei de causa e efeito, pretendendo alterar a obra
divina do Criador e da justiça divina como se possível fosse, pretendendo
questionar os desígnios da criação e carregar para o universo espiritual nossas
diminutas limitações e desinformação, fato que nos levaria a inviabilização
doutrinária. Bem como a eleger nossa estada na Terra como mera passagem e de
grande prepotência discriminatória, destituindo lamentavelmente de legitimidade
as obras divinas.
Outrossim, mantêm-se as falanges ciganas, tanto quanto todas as outras,
organizadas dentro dos quadros ocidentais e dos mistérios que não nos é
possível relatar. Obras existem, que dão conta de suas atuações dentro de seu
plano de trabalho, chegando mesmo a divulgar passagens de suas encarnações
terrenas. Agem no plano da saúde, do amor e do conhecimento, suportam
princípios magísticos e tem um tratamento todo especial e diferenciado de
outras correntes e falanges.
Ao contrário do que se pensa os espíritos ciganos reinam em suas
correntes preferencialmente dentro do plano da luz e positivo, não trabalhando
a serviço do mau e trazendo uma contribuição inesgotável aos homens e aos seus
pares, claro que dentro do critério de merecimento, tanto quanto qualquer outro
espírito teremos aqueles que não agem dentro desse contexto e se encontram
espalhados pela escuridão e a seus serviços, por não serem diferentes de nenhum
outro espírito humano.
Trabalham preferencialmente na vibração da direita e aqueles que
trabalham na vibração da esquerda, não são os mesmos espíritos de ex-ciganos,
que mantêm-se na direita, como não poderiam deixar de ser, e ostentam a
condição de Guardiões e Guardiãs. O que existe são os Exus Ciganos e as Moças
Ciganas, que são verdadeiros Guardiões a serviço da luz nas trevas, como
todo Guardião e Guardiã dentro de seus reinos de atuação, cada um com seu
próprio nome de identificação dentro do nome de força coletivo, trabalhando na
atuação do plano negativo a serviço da justiça divina, com suas falanges e
trabalhadores, levando seus nomes de mistérios coletivos e individuais de
identificação, assunto este que levaria uma obra inteira para se abordar e não
se esgotaria.
Contudo, encontramos no plano positivo falanges diversas chefiadas por
ciganos diversos em planos de atuação diversos, porém, o tratamento religioso
não se difere muito e se mantêm dentro de algumas características gerais.
Imenso é o número de espíritos ciganos que alcançaram lugar de destaque no
plano espiritual e são responsáveis pela regência e atuação em mistérios do
plano de luz e seus serviços, carregando a mística de seu povo como
característica e identificação.
Por sua própria razão diferenciada, também diferenciado como dissemos é
a forma de cultuá-los, sem pretender em tempo algum estabelecer regras ou
esgotar o assunto, o que jamais foi nossa pretensão, mesmo porque não possuímos
conhecimento de para tanto. A razão é que a respeito sofremos de uma carência
muito grande de informação sobre o assunto e a intenção é dividir o que
conseguimos aprender a respeito deste seguimento e tratamento. Somos sabedores
que muitas outras forças também existem e o que passamos neste trabalho são
maneiras simples a respeito, sem entrar em fundamentos mais aprofundados, o que
é bom deixar induvidosamente claro.
É importante que se esclareça, que a vinculação vibratória é de axé dos
espíritos ciganos, tem relação estreita com as cores estilizadas no culto e
também com os incensos, pratica muito utilizada entre ciganos. Os ciganos usam
muitas cores em seus trabalhos, mas cada cigano tem sua cor de vibração no
plano espiritual e uma outra cor de identificação é utilizada para velas em seu
louvor. Uma das cores, a de vinculação raramente se torna conhecida, mas a de
trabalho deve sempre ser conhecida para prática votiva das velas, roupas, etc.
Os incensos são sempre utilizados em seus trabalhos e de acordo com o
que se pretende fazer ou alcançar.
Para o cigano de trabalho se possível deve-se manter um altar separado
do altar geral, o que não quer dizer que não se possa cultua-lo no altar
normal. Devendo esse altar manter sua imagem, o incenso apropriado, uma taça
com água e outra com vinho, mantendo a pedra da cor de preferência do cigano em
um suporte de alumínio, fazendo oferendas periódicas para ciganos, mantendo-o
iluminado sempre com vela branca e outra da cor referenciada. Da mesma forma
quando se tratar de ciganas, apenas alterando a bebida para licor doce. E
sempre que possível derramar algumas gotas de azeite doce na pedra, deixando
por três dias e depois limpá-la.
Os espíritos ciganos gostam muito de festas e todas elas devem acontecer
com bastante fruta, todas que não levem espinhos de qualquer espécie, podendo
se encher jarras de vinho tinto com um pouco de mel. Podendo ainda fatiar pães
do tipo broa, passando em um de seus lados molho de tomate com algumas pitadas
de sal e leva-los ao forno, por alguns minutos, muitas flores silvestres,
rosas, velas de todas as cores e se possível incenso de lótus.
As saias das
ciganas são sempre muito coloridas e o baralho, o espelho, o punhal, os dados,
os cristais, a dança e a música, moedas, medalhas, são sempre instrumentos
magísticos de trabalho dos ciganos em geral. Os ciganos trabalham com seus
encantamentos e magias e os fazem por força de seus próprios mistérios, olhando
por dentro das pessoas e dos seus olhos.
Uma das
lendas ciganas, diz que existia um povo que vivia nas profundezas da terra, com
a obrigação de estar na escuridão, sem conhecer a liberdade e a beleza. Um dia
alguém resolveu sair e ousou subir às alturas e descobriu o mundo da luz e suas
belezas. Feliz, festejou, mas ao mesmo tempo ficou atormentado e preocupado em
dar conta de sua lealdade para com seu povo, retornou à escuridão e contou o
que aconteceu. Foi então reprovado e orientado que lá era o lugar do seu povo e
dele também. Contudo, aquele fato gerou um inconformismo em todos eles e acreditando
merecerem a luz e viver bem, foram aos pés de Deus e pediram a subida ao mundo
dos livres, da beleza e da natureza. Deus então, preocupado em atende-los,
concedeu e concordou com o pedido, determinando então, que poderiam subir à luz
e viver com toda liberdade, mas não possuiriam terra e nem poder e em troca
concedia-lhes o Dom da adivinhação, para que pudessem ver o futuro das pessoas
e aconselha-las para o bem.
É muito comum usar-se em trabalhos ciganos moedas antigas, fitas de
todas as cores, folha de sândalo, punhal, raiz de violeta, cristal, lenços
coloridos, folha de tabaco, tacho de cobre, de alumínio, cestas de vime, pedras
coloridas, areia de rio, vinho, perfumes e escolher datas certas em dias
especiais sob a regência das diversas fases da Lua”
Ciganos mais
conhecidos:
·
Pablo
·
Wlademir
·
Ramirez
·
Juan,Pedrovick
·
Artemio
·
Hiago
·
Igor
·
Vitor
e tantos outros,
da mesma forma as ciganas:
·
Esmeralda
·
Carmem
·
Salomé
·
Carmensita
·
Rosita
·
Madalena
·
Yasmin
·
Maria Dolores
·
Zaira
·
Sunakana
·
Sulamita
·
Wlavira
·
Iiarin
·
Sarita
e muitas
outras também.
Obs: É
imprescindível que se afirme que na ordem elencada dos nomes não existe
hierarquia, apenas lembrança e critério de notoriedade, sem contudo, contrariar
a notoriedade de todos os outros ciganos e ciganas, que são muitos e com o
mesmo valor e importância.
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